O MPPE (Ministério Público de Pernambuco) na pessoa do Promotor de Justiça Dr Lúcio Malta, realizou na manhã desta quarta feira (08), uma audiência pública para debater a atenção no trato com pessoas com deficiência em nosso município. Onde contou com a participação de vários vereadores, pessoas da sociedade civil, mães de crianças com deficiência, além da equipe da Saúde e a Secretária de Saúde que chegou pouco depois do início.

A reunião se deu com o Dr Lúcio dando início e passando a palavra depois de seu discurso para quem quisesse se inscrever e dar sugestões, apresentar alternativas, contar alguma experiência que remetesse a esse assunto.

Várias pessoas se inscreveram, inclusive alguns vereadores como Irmão Soares, Demir da Saúde, Zezin Buxin, Zeba, Nailson Ramos, Emanuel, Jéssica, Flávio Pontes entre outros.

Em uma das inscrições estava a senhora Mônica, mãe de uma criança com autismo e com a idade de 5 anos, em seu discurso ela citou a lei de N°12.764/2012 onde garante alguns direitos da pessoa deficiente portadora de autismo. ( Para acessar essa lei click aqui https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2012/lei-12764-27-dezembro-2012-774838-publicacaooriginal-138466-pl.html).

A mãe ainda pontuou que não estaria pedindo favor ao poder público, só queria que seu direito fosse assegurado como está prevista na lei.

“Eu fiquei abismada quando eu tive acesso, a questão da fono são 96 crianças, o neuropediatra são 100 crianças na fila de espera, cem, Willian cem crianças e ela vem uma vez por mês, cada mês a lista tá aumentando e ta ficando uma bola de neve, então assim, tem que haver mais terapeutas a gente estamos precisando de terapeutas. Só que infelizmente sem ter um local adequado para atender as nossas crianças, sem ter terapeutas adequados que também tá faltando terapeutas que tenha a qualificação no autismo, não adianta a secretaria de saúde colocar qualquer terapeuta e colocar lá pra cuidar dos nossos filhos, é lei, eu não estou exigindo aqui uma coisa ah porque eu quero que meu filho seja atendido pelo melhor terapeuta, não não, é lei, então se é lei tem que ser cumprida porque lei não é favor, lei tem que ser cumprida” desabafou Mônica.

A Secretaria de Saúde teve a oportunidade de se expressar por quinze minutos, e usou esse tempo na pessoa da secretária Lívia Maria, que rebateu algumas das informações dadas pelas mães presentes e trouxe outros dados para o debate.

“Quero dizer que sou solidária as mães, eu sei da dificuldade, eu vi as terapias, dependendo do grau de autismo como é difícil e eu sei da importância desse tratamento precoce para que realmente as crianças cheguem no maior grau de autonomia, de vida adulta, eu sei do sofrimento dos pais, eu tenho uma pessoa próxima que passa por isso” pontuou a secretária.

Dentre alguns pontos que ficaram acertados para se fazer, está a criação de uma inspeção juntamente com representantes da Câmara, Mães, o próprio Dr Lúcio e Secretaria de Saúde para que se tenha os números corretos de quantos profissionais de cada área tem no município. Também acertou-se que até o dia 28 de fevereiro tenha uma seleção simplificada com a posse dos novos profissionais aprovados no último concurso e até o dia 10 de Junho a implantação de um centro de assistência a pessoa com deficiência.