Possibilidade de extensão das aulas até janeiro pode gerar novo impasse entre governo estadual e sindicato
Devido aos prejuízos no ano letivo de 2020 causados pela pandemia do coronavírus, é avaliada a possibilidade de extensão das aulas até o dia 15 de janeiro de 2021. Porém a ideia é vista com desagrado pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco, Fernando Melo.
Com o término das aulas mais tarde, o período de férias ficaria entre os dias 18 de janeiro e 17 de fevereiro, englobando os dias de carnaval. Para Fernando, o desejo da categoria seria manter as férias durante do o mês de janeiro.
“O estatuto do Magistério prevê férias por 30 dias e um recesso de 15 dias. Embora não seja lei, é algo incorporado há décadas que as férias são em janeiro e o recesso em julho”, afirma.
Segundo Fernando, a proposta do governo foi apenas apresentada e comentada na assembleia do sindicato, porém não foi votado nada a respeito.
“O assunto será debatido novamente com o governo na próxima rodada de negociação”, explica Fernando.
Segundo o presidente do sindicado, 2020 foi um ano atípico, com trabalho remoto, jornada dupla de trabalho, assistência prolongada aos alunos e mais tempo de preparação das aulas. Além disso, Fernando destacou que os problemas emocionais estão deixando os professores cansados e desejando as férias em janeiro.
As aulas presenciais nos 146 municípios de Pernambuco foram suspensas em 18 de março por causa da pandemia do coronavírus. Depois de um impasse com o Sintepe, as aulas presenciais retornaram em 21 de outubro, apenas para o ensino médio.
Paralisação
Pelo não reajuste no piso salarial dos professores pelo governo estadual, a assembleia do Sintepe aprovou uma paralisação geral no dia 18. No dia, haverá uma manifestação em frente ao Palácio dos Campos das Princesas, sede do governo de Pernambuco.
Deixe uma resposta