Parlamentar pediu esclarecimentos ao órgão gestor local sobre mulher que foi notificada por alimentar animais de rua.

Um caso ocorrido neste mês de julho em Santa Cruz do Capibaribe ainda está repercutindo na imprensa estadual. Na ocasião uma mulher foi notificada pela Secretaria de Saúde da cidade para que deixasse, no prazo de 30 dias, de alimentar animais abandonados na calçada de sua residência. O caso gerou revolta após ter sido publicado nas redes sociais e diversas personalidades se posicionaram sobre o assunto.

Na ocasião a Vigilância Sanitária do município notificou a referida mulher com base na Lei 1342/01, que institui o Código Sanitário da cidade. A notificação gerou contradição já que a cidade não conta hoje com abrigos públicos mantidos pela prefeitura que possam proporcionar os cuidados necessários para com os animais de rua. Essa ausência de ambientes apropriados para tal fim foi justamente o que chamou a atenção do deputado Romero Albuquerque que denunciou a prefeitura local ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

“Quando penso que, finalmente, as pessoas estão entendendo que cuidar dos animais é responsabilidade nossa, vem um balde de água fria como esse e me deixa indignado! Muitos moradores de Santa Cruz do Capibaribe me procuram para denunciar o descaso da gestão municipal com os animais abandonados. Agora eles decidiram passar de todos os limites: proibiram uma moradora de alimentar os animais. Que crueldade!”, disse o deputado.

Romero destacou que encaminhou um ofício também para a Prefeitura Municipal de Santa Cruz do Capibaribe onde solicitou esclarecimentos que justificassem o pedido feito a moradora da cidade identificada como Jô Barbosa. O parlamentar que atua na Alepe também frisou que é do dever público que os animais tenham a assistência necessária e pediu para que o órgão publico local apoiasse a população no que diz respeito aos voluntários que buscam ajudar os animais em situação de vulnerabilidade.

“Encaminhei ofício à Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe pedindo esclarecimentos e outro ao Ministério Público de Pernambuco, pedindo averiguação e providências. É dever do poder público cuidar desses animais. Se eles querem fugir da responsabilidade, que pelo menos deixem quem se importa fazer algo por esses inocentes”, pontuou.