Com 182 mil mortos no Brasil, Pazuello questiona sobre vacinas: “Pra que essa ansiedade?”
O ministro da saúde, Eduardo Pazuello, questionou sobre as pressões a cerca do processo de desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19, o que chamou de “angústia” e “ansiedade”. A declaração foi dada durante o seu discurso na apresentação do Plano Nacional de Imunização contra a doença, realizada nesta quarta-feira (16), com a presença de governadores e do presidente Jair Bolsonaro.
Enquanto países como Estados Unidos e Reino Unido já estão vacinando grupos prioritários, o governo brasileiro avalia questões como a origem da vacina e se ela será obrigatória ou não. Detalhes logísticos ainda não foram esclarecidos, mas o ministério afirmou que avalia começar a campanha no final de fevereiro. O desenvolvimento do imunizante e seu protagonismo também agravou as tensões entre o presidente Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
“Somos os maiores fabricantes de vacinas da América Latina. Pra que essa ansiedade, essa angústia. Somos referência e estamos trabalhando”, declarou Pazuello.
Segundo o ministro, o governo federal não fez nada de errado até agora no combate à pandemia e, especificamente, no plano de vacinação.
“Não vejo, e coloco aqui um pouco da minha história, não vejo nada errado. Se tivesse visto teria corrigido. Estamos no caminho certo e juntos, não podemos abrir mão de tratar como país”.
Eduardo Pazuello, ministro da saúde
Plano de Imunização
O novo plano de imunização do governo federal traz a inclusão de novos grupos prioritários e a vacina Coronavac, produzida pelo instituto Butantan.
Segundo plano, são grupos prioritários para receberem a vacina:
– Trabalhadores da área de saúde; | Funcionários do sistema prisional; |
– Idosos; | Comunidades tradicionais ribeirinhas; |
– Indígenas; | Quilombolas; |
– Pessoas com cormobidades; | Trabalhadores do transporte coletivo; |
– Professores; | Pessoas em situação de rua; |
– Profissionais de segunraça e salvamento | Presos; |
Segundo o governo, 49,6 milhões de pessoas serão vacinadas nas três primeiras etapas do plano. Ainda de acordo com o governo, a vacinação no Brasil deve ser concluída em 16 meses – quatro meses para vacinar todos os grupos prioritários e, em seguida, 12 meses para imunizar a “população em geral”.
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