China promete retaliação a países que privilegiarem acordos com os EUA em detrimento de seus interesses

Imagem Ilustrativa
A China declarou, nesta segunda-feira (21), que adotará contramedidas firmes e recíprocas contra países que firmarem acordos comerciais com os Estados Unidos em prejuízo dos interesses chineses. O aviso foi feito pelo porta-voz do Ministério do Comércio da China, em resposta a movimentações recentes do governo norte-americano em sua política tarifária.

“A China respeita todas as partes que buscam resolver diferenças econômicas e comerciais com os Estados Unidos por meio de consultas em pé de igualdade, mas se oporá firmemente a qualquer parte que tente fechar um acordo em detrimento da China”, afirmou o porta-voz. Ele destacou ainda que “Pequim tomará contramedidas de forma resoluta e recíproca se qualquer país buscar esse tipo de acordo”.

A reação chinesa ocorre após reportagem da agência Bloomberg revelar que o governo dos Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, estaria pressionando países interessados em isenções ou reduções tarifárias a restringirem o comércio com a China. Segundo a publicação, Washington estaria até mesmo cogitando sanções monetárias para forçar aliados a reverem suas relações comerciais com Pequim.

De acordo com o Representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, aproximadamente 50 países procuraram o governo norte-americano para discutir as tarifas adicionais impostas por Trump. Em resposta, os Estados Unidos vêm conduzindo negociações bilaterais com diversas nações, incluindo Japão e Indonésia.

O Japão, por exemplo, considera ampliar as importações de soja e arroz dos EUA como parte das conversas, enquanto a Indonésia planeja aumentar suas compras de alimentos e commodities norte-americanos, reduzindo simultaneamente as importações de outros parceiros, como a própria China.

Para o governo chinês, tais medidas refletem um uso abusivo da retórica da “equivalência” por parte dos EUA, que estariam manipulando sua política tarifária como instrumento de coerção econômica. A tensão reacende os temores de uma escalada na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo e levanta dúvidas sobre a estabilidade das cadeias globais de suprimentos.

Deixe seu comentário

Comentários ofensivos, preconceituosos e descriminatórios podem ser removidos pelos nossos administradores.

Postagem Anterior Próxima Postagem