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Foto: Divulgação/Redes Sociais |
Uma das vítimas, que teve sua identidade preservada, relatou os impactos devastadores que a descoberta teve em sua vida. Em seu depoimento à Justiça, ela pediu para não falar na presença dos acusados e descreveu o sofrimento enfrentado desde o procedimento.
"Isso me botou em depressão. Eu fiquei sem falar dentro da minha casa. Só via o pânico", declarou a paciente, que passou por um transplante de rim e, posteriormente, desenvolveu complicações de saúde, incluindo tuberculose.
O transplante, que deveria representar uma nova chance de vida, tornou-se um pesadelo para os pacientes afetados. "Eu entrei em pânico porque, até então, não tinha nada a ver com HIV. Eu tava bem, fazia exames de rotina e estava saudável. De repente, essa doença aparece. Isso é um baque para qualquer um", desabafou a vítima.
O problema teve origem em um erro do laboratório PCS Saleme, que descartou erroneamente a presença do HIV nas amostras de dois doadores. O laboratório mantinha um contrato com o governo do estado para realizar os exames da Central de Transplantes do Rio de Janeiro.
Walter Vieira e Matheus Vieira, donos do laboratório e parentes do deputado federal Doutor Luizinho, ex-secretário estadual de Saúde, chegaram a ser presos, mas agora respondem em liberdade pelos crimes de associação criminosa, lesão corporal e falsidade ideológica.
O caso segue em julgamento, e as vítimas aguardam respostas e providências da Justiça.