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Imagem Ilustrativa |
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo Adriana Beringuy, coordenadora da pesquisa, o aumento na taxa de desocupação é um movimento sazonal esperado para o início do ano. "Há, de fato, esse movimento de queda na ocupação no período de transição entre o final de um ano e o começo do seguinte", explicou.
O número de pessoas sem trabalho chegou a 7,5 milhões, uma alta de 10,4% em comparação ao trimestre anterior. No entanto, esse contingente é 12,5% menor do que no mesmo período do ano passado.
Entre os dez setores analisados pelo IBGE, três apresentaram redução no número de trabalhadores ocupados:
Beringuy ressalta que a queda na administração pública tem relação com o fim de contratos temporários e não pode ser atribuída a fatores econômicos, como o impacto da alta da taxa de juros sobre o consumo.
Mesmo com a oscilação na taxa de desemprego, o Brasil atingiu um recorde no número de trabalhadores com carteira assinada, totalizando 39,6 milhões de contratos formais. Esse é o maior número desde o início da série histórica, em 2012. Nos últimos 12 meses, foram 1,6 milhão de novos registros formais (+4,1%).
O total de ocupados no país foi de 102,7 milhões de pessoas, uma redução de 1,2 milhão (-1,2%) em relação ao trimestre encerrado em novembro, mas 2,4 milhões (+2,4%) acima do mesmo período do ano passado.
A taxa de trabalhadores informais caiu para 38,1% da população ocupada, o que representa 39,1 milhões de pessoas sem acesso a direitos como férias remuneradas, Previdência Social e 13º salário. Nos períodos anteriores (novembro e fevereiro de 2024), a informalidade estava em 38,7%.
A pesquisa do IBGE abrange 211 mil domicílios em todo o país e analisa diversas formas de ocupação, incluindo empregos formais, temporários e trabalho por conta própria.