Além da falta de mão de obra qualificada, outro desafio apontado por Milan é a mudança no perfil dos jovens, que tradicionalmente buscavam o primeiro emprego no setor, mas agora optam pelo trabalho informal devido à flexibilidade. "O mercado era a porta de entrada de jovens para a empregabilidade, mas agora o perfil dessa faixa etária está mudando", afirmou.
Atualmente, o setor emprega cerca de 3 milhões de trabalhadores, direta e indiretamente, e conta com aproximadamente 400 mil lojas em todo o Brasil. Apesar das dificuldades, continua sendo um dos principais geradores de empregos no país.
Para mitigar esse cenário, a Abras estabeleceu um protocolo de intenções com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, liderado pelo ministro Wellington Dias. O objetivo da iniciativa é fomentar a empregabilidade no setor, incluindo egressos do serviço militar obrigatório no mercado de trabalho.
A entidade também mantém diálogo com o Congresso para reforçar a conscientização sobre a importância do setor supermercadista na geração de empregos e buscar medidas que incentivem a ocupação das vagas disponíveis.