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Foto: Divulgação |
Durante participação no programa Rádio Debate, da Polo FM, a ex-secretária de Saúde de Taquaritinga do Norte, Pollyane Siqueira, trouxe novos elementos sobre sua precoce exoneração do cargo. Nomeada no dia 1º de janeiro na gestão do prefeito Gena Lins, Pollyane contestou a versão oficial divulgada pela Prefeitura, alegando que não deixou o cargo por questões pessoais, como foi informado, mas sim devido a um caso ocorrido dentro da sua pasta, do qual ela afirma não ter conhecimento sobre quem foi o responsável.
"A nota que foi publicada foi publicada sem ter sido conversado comigo, então é uma nota que não estava condizendo com a verdade, tinha situações ali que não ocorreram, porque eu não solicitei a minha exoneração", declarou a ex-secretária.
Segundo Pollyane, em uma reunião sobre compras de medicamentos, foram apresentadas ordens de fornecimento que apontavam para um suposto superfaturamento, sem que ela tivesse assinado ou sequer tivesse conhecimento. A ex-secretária alegou que outra pessoa, que tinha autonomia dentro da gestão, teria autorizado tais pedidos sem o seu consentimento.
Ainda durante a entrevista, Pollyane expressou insatisfação com a forma como o caso foi apurado internamente e afirmou que irá encaminhar a denúncia aos órgãos competentes para uma investigação mais aprofundada. O caso envolve compras no valor aproximado de R$ 120.000,00.
A declaração da ex-secretária trouxe uma nova perspectiva sobre sua saída do cargo e levantou questionamentos sobre a transparência na gestão da Saúde municipal. A expectativa agora é que os próximos desdobramentos tragam esclarecimentos sobre o caso.
Pollyane enviou nota ao Blog, confira:
ESCLARECIMENTO SOBRE MINHA DEMISSÃO
Venho a público esclarecer os fatos sobre minha injusta demissão. Fui acusada de ter autorizado o pagamento de uma nota de serviço fraudulenta, o que não é verdade. Essa acusação foi baseada em uma narrativa falsa criada para me prejudicar e esconder os verdadeiros responsáveis.
Em nenhum momento assinei ou autorizei qualquer nota fiscal. Não há nenhum documento que comprove essa acusação contra mim. Pelo contrário, possuo áudios do próprio proprietário da empresa responsável pelo serviço, que confirmam a realidade dos fatos.
Adicionalmente, o pedido havia sido autorizado para ser realizado dentro do processo licitatório. Contudo, o responsável contrariou essa determinação e realizou uma compra direta fora do processo, o que configurou uma irregularidade grave. Diante disso, a solução adotada foi não efetuar o pagamento da nota.
Além disso, o mais grave é que a própria assessoria do meu setor, que deveria me orientar sobre a situação, agiu pelas minhas costas. Em vez de buscar esclarecimentos comigo, preferiram seguir um caminho que resultou em minha demissão injusta. Isso demonstra que houve uma articulação interna para me culpar e, possivelmente, encobrir outras pessoas.
Diante dessa injustiça, informo que as notas fraudulentas foram encaminhadas à Delegacia de Crimes Tributários (DOE) e todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas para que os verdadeiros responsáveis sejam identificados e punidos. Não descansarei até que a verdade prevaleça e minha reputação seja restaurada.
Quem me conhece sabe da minha seriedade, do meu compromisso e da minha ética profissional. Agradeço a todos que me apoiam e confiam na minha integridade. Seguiremos firmes na busca pela verdade e pela justiça.