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Foto: Divulgação |
Agenda em Pernambuco:
A visita começou pela manhã, quando Bolsonaro desembarcou no Recife e seguiu para a tradicional Padaria Boa Viagem, onde tomou café com apoiadores e concedeu entrevista à imprensa. No período da tarde, esteve em Carpina, na Usina Petribu, acompanhando o fechamento da safra de cana-de-açúcar. Mais tarde, seguiu para Vitória de Santo Antão, onde recebeu o título de cidadão do município e discursou em um trio elétrico para seus apoiadores.
Críticas à gestão Lula:
Durante seus discursos, Bolsonaro fez críticas à condução do atual governo, destacando a alta dos alimentos e alertando que a situação econômica pode piorar.
"Está ruim a situação? Está. Se você bobear, vai ficar pior. E vai piorar mais ainda. A gente brinca com picanha. E agora está vendo os ovos aí. O grosso já entrou e está vindo os ovos agora", disse o ex-presidente.
Ele também criticou a postura do governo brasileiro em relação ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, além de apontar a falta de segurança jurídica como um fator prejudicial para investimentos no país.
O ex-presidente fez um comparativo entre o Nordeste e Santa Catarina, atribuindo ao PT a responsabilidade pelo que considera um desenvolvimento desigual da região.
"O Nordeste não tinha que ser a melhor região do Brasil? Por que não é? Qual o problema? O PT está há mais de 20 anos mandando por aqui. O problema está aí. Qual o melhor Estado para se viver no Brasil? Que tem o menor percentual de mortes por 100 mil habitantes no tocante à violência? Santa Catarina. Nunca tiveram um governador do PT", afirmou.
Possível retorno à presidência:
Embora tenha sido declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 2030, Bolsonaro afirmou que pretende retornar ao comando do país, sem especificar de que forma isso poderia ocorrer.
"Se for da vontade de Deus, vou voltar a governar o Brasil. Nós voltaremos para, juntos, levar o Brasil para o lugar que merece", declarou.
O ex-presidente também enfatizou a necessidade de maior apoio no Congresso Nacional para implementar suas pautas:
"Me deem 50% da Câmara e 50% do Senado que eu mudo o destino do Brasil", afirmou.
Declarações polêmicas:
Bolsonaro também ironizou o presidente Lula, mencionando uma pesquisa do instituto Paraná Pesquisas, que indicaria a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro à frente do atual chefe do Executivo.
"Não é porque é minha esposa não, mas a Michelle fala bem e a pesquisa deu ela na frente do Lula. Ô Lula, tá perdendo para a Michelle? Vou sugerir ao instituto de pesquisa botar a Janja para ver se ela tem voto", ironizou.
Além disso, rebateu acusações de preconceito contra nordestinos e negros, mencionando que sua esposa é filha de um cearense chamado "Paulo Negão".
"Falavam que eu detestava nordestino. Eu posso não gostar de nordestino, mas gosto da nordestina. A minha esposa é filha de cearense. ‘Ah, ele não gosta de negro’. Eu posso não gostar de negro. Eu gosto da minha esposa, que é filha do Paulo Negão", disse.
Ao concluir sua fala, Bolsonaro acrescentou:
"Ninguém está procurando um marido para governar o país."