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Brasil é o segundo país com mais casos de Síndrome de Burnout

No Janeiro Branco, especialista em medicina ocupacional destaca medidas para as empresas promoverem mais qualidade de vida para os colaboradores

Dados da Organização Mundial de Pesquisa, Prevenção e Tratamento do Stress (ISMA-BR) revelam que o Brasil ocupa hoje o segundo lugar no ranking mundial de trabalhadores com Síndrome de Burnout, problema associado ao estresse, depressão e ansiedade causados pela rotina de trabalho. Diante desse cenário, a campanha do janeiro branco traz um alerta voltado para os cuidados com a saúde mental. 

Incentivar as empresas a debaterem o assunto logo no início do ano é essencial para promover a conscientização e prevenção no local de trabalho. O especialista em medicina ocupacional da Clínica 3 Marias, Niltes Júnior, destaca que as causas do transtorno são, principalmente, a falta de equilíbrio entre a vida profissional e pessoal e o excesso de tarefas. “A ausência de pausas adequadas e um ambiente de trabalho hostil ou competitivo também contribuem para o esgotamento mental”, pontua.

Os sinais de alerta da Síndrome de Burnout incluem exaustão emocional, despersonalização e a sensação reduzida de realização pessoal. Fisicamente, sintomas como dor de cabeça, insônia, irritabilidade e problemas gastrointestinais também são identificados. O especialista ressalta que para prevenir o problema e reduzir o estresse é preciso administrar melhor o tempo no trabalho, adotando uma rotina com lazer e exercícios físicos. 

Diante disso, o profissional destaca a necessidade das empresas adotarem iniciativas para melhorar o convívio no trabalho, incluindo políticas de bem-estar, horários flexíveis e suporte à saúde mental. “Treinamentos sobre comunicação e resolução de conflitos também são benéficos. Além disso, criar espaços de descompressão e incentivar pausas regulares pode melhorar significativamente a convivência no ambiente de trabalho”, completa. 

E para quem já têm o transtorno identificado, além de ser recomendada a terapia psicológica e a intervenção farmacológica, quando necessária, a inclusão de hábitos como meditação, a prática de atividade física e hobbies também se tornam importantes. Nesse sentido, o médico ainda reforça que o apoio das empresas é indispensável. “É fundamental que a gestão promova uma cultura de abertura sobre saúde mental, incentivando os funcionários a procurar ajuda sem receio de estigmatização”, finaliza.

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