Chegada de usinas eólicas geram danos à qualidade de vida de moradores, em Caetés-PE

Torres de geração de energia eólica; o que a princípio foi uma grande solução e ajuda nas contas do mês, hoje, moradores enfrentam problemas de saúde, como ansiedade, insônia e depressão, que são atribuídos às estruturas das torres e ao barulho gerado por elas. A proximidade das torres também resultou na divisão de famílias e na saída forçada de algumas fazendas.

Os moradores da zona rural de Caetés expressam preocupação de que o modelo adotado na cidade possa se espalhar para outras regiões, causando impactos semelhantes.

A tecnologia eólica é relativamente recente, com cerca de 25 anos, e há poucos estudos científicos sobre seus impactos na saúde. Algumas pesquisas apontam para a relação entre ruídos das turbinas, insônia e perda auditiva, mas há divergências nos resultados. A discussão sobre a distância ideal entre as torres e as casas também é abordada, com exemplos de outros países que estabeleceram mínimos, como a Polônia (400 metros) e a França (700 metros).

De acordo com especialistas, os parques eólicos de Caetés são considerados “antigos”, construídos antes das regulamentações que prevêem uma distância mínima entre as torres e as residências. Empresas responsáveis pelos parques afirmam ter realizado estudos e investido em melhorias estruturais e acústicas nas casas, mas alguns moradores contestam essas alegações.

Além dos impactos na saúde, moradores contestam o modelo de arrendamento de terras para a instalação de turbinas, levando alguns agricultores a saírem de suas terras e viverem na zona urbana. Os contratos de arrendamento são criticados por ativistas, que os consideram desfavoráveis aos agricultores, caracterizando o modelo como um “latifúndio eólico”.

O prefeito de Caetés destaca os benefícios econômicos trazidos pelos parques eólicos à cidade, mencionando o aumento da renda de algumas famílias. No entanto, reconhece que os impactos na saúde não foram devidamente explicados aos moradores, e a prefeitura não teve participação nas negociações entre as empresas e os proprietários da terras.

Além dos ruídos, os moradores também afirmam que a sombra que as paletas geram ao girar, afetam quem tem crises de enxaqueca, labirintite, dentre outras doenças e que não só as pessoas são afetadas como os animais que ficam estressados.

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