Deputado estadual por seu quarto mandato, Diogo Moraes (PSB) exigiu, nesta quarta-feira, que o Governo do Estado demonstrasse sensibilidade diante da disputa envolvendo a transferência do Centro para a Terceira Idade à Prefeitura do Recife. Embora o espaço tenha iniciado suas atividades na quarta-feira passada, a gestão estadual, devido a um questionamento, viu-se obrigada a interromper as operações, prejudicando centenas de pessoas que já haviam agendado serviços de saúde.
Em seu discurso na Assembleia, Diogo Moraes declarou ser “lamentável que serviços de saúde destinados a idosos sejam paralisados devido a uma questão que parece ser puramente política”. O parlamentar ressaltou que a suspensão ocorreu na última sexta-feira, ocasionando o cancelamento de 350 consultas no Núcleo Municipal de Desenvolvimento Integral do Recife.
O deputado também enfatizou que a medida foi baseada em um relatório de uma comissão investigativa da Secretaria de Saúde de Pernambuco, composta exclusivamente por funcionários comissionados não efetivos e presidida pelo advogado da campanha da governadora, que atualmente ocupa o cargo de diretor jurídico da referida secretaria.
“Questiono-me: qual é o interesse da governadora Raquel Lyra em interromper um atendimento que só beneficia a população recifense? Seria perseguição à administração municipal por não pertencer ao mesmo grupo político? Estaremos retornando a tempos obscuros de perseguição política? Governadora, peço que reflita sobre isso e perceba o quanto tem prejudicado a população do Recife, que depende desses serviços de saúde”, afirmou Diogo Moraes.
O legislador ainda comentou sobre a decisão da 2ª Vara da Fazenda Pública da Capital, do Tribunal de Justiça de Pernambuco, que rejeitou a tentativa autoritária e unilateral do governo de Pernambuco de reverter a transferência do edifício onde está localizado o Núcleo de Desenvolvimento Integral do Recife.
“Esperamos que essa situação seja resolvida de forma respeitosa, principalmente em benefício do povo recifense. Este é, de fato, o principal prejudicado por essa decisão insensata tomada pela administração da governadora Raquel Lyra”, concluiu.