Questionado sobre abordagens de parlamentares de oposição que estão sugerindo que o São João seja cancelado, o vice-prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Helinho Aragão (PP) comentou sobre o caso em entrevista ao Blog e disse que não há viabilidade econômica para que o evento seja suspenso. O vice-prefeito disse que os contratos já estariam praticamente todos selados e uma quebra dos mesmos representaria percas financeiras para o município.
“Somos solidários ao que está acontecendo em Recife e estamos buscando meios de ajudar. Porém cancelar o São João pode trazer danos severos para economia de Santa Cruz do Capibaribe. São centenas de profissionais formais e informais que estão esperando este evento para equilibrarem suas finanças diante de tempos tão difíceis, a exemplo de catadores de latinhas, equipes de limpeza, salões de beleza, de unhas, lanchonetes, taxistas, mototaxistas, barraqueiros, gazozeiros, seguranças, os donos de lojas de roupas, calçados, músicos, é muita gente envolvida, muitos pais de família que estão contando com isso”, disse o político.
Helinho afirmou que a organização do evento trabalha com a possibilidade de fazer da festa um gigante ponto de arrecadação de donativos para ajudar as vítimas das enchentes em outros municípios. Para ele, a quantidade de pessoas que deve passar pela festa contribuirá com o processo de arrecadação.
“Estamos falando de milhares de pessoas que podem ajudar, inclusive é uma forma de pessoas de outras cidades que virão prestigiar o nosso evento ajudarem também, cenário este que só é possível como a realização dos shows que atrairá esse público externo. Precisamos pensar no coletivo visando ajudar outros municípios sem prejudicar o nosso. E a melhor forma de fazer isso no momento é arrecadando o máximo de donativos possíveis”, comentou.
Questionado sobre o impacto das chuvas também em Santa Cruz do Capibaribe, Helinho afirmou que monitora a situação com a Defesa Civil da cidade e que não há motivos para preocupações neste momento. Ele sustentou que apesar disso, toda uma programação está sendo montada para lidar com imprevistos.
“Pelo contexto geográfico da nossa cidade não é comum que tenhamos problemas com desabrigados durante as chuvas, mas apesar disso temos monitorado diversos pontos e estamos prontos para oferecer suporte caso haja algum tipo de situação que exige um pouco mais de mobilização”, pontuou.