Durante depoimento no terceiro dia de seu julgamento, nesta quinta-feira (17), João Victor Ribeiro de Oliveira Leal, de 29 anos, afirmou que dois presidiários da penitenciária em que estava haviam dito que iriam matá-lo. Segundo o réu, dois homens, que teriam funções de “chaveiro” e “faxineiro”, teriam uma oferta de R$ 60 mil para tirar a sua vida.
“Tem uma coisa que eu preciso revelar: teve um dia, uma das últimas visitas que meu pai fez antes de ir embora. O chaveiro e o faxineiro [do Cotel] disseram que iam me matar. Foi oferecido a eles R$ 60 mil para me matar. Eu entrei em desespero, graças a Deus disseram isso antes do meu pai chegar. Não sei se estaria aqui hoje”, disse João Victor à juíza Fernanda Moura.
Ao ser questionado pela magistrada sobre as identidades desses dois presidiários, João Victor respondeu que se chamavam “Doguinha” e “Chapolin”. “Não sei de onde partiu esse dinheiro”, acrescentou o réu. Ele ainda disse que os colegas de presídio contaram a proposta para matá-lo porque estavam “doidões de álcool e droga”. “Iam me matar depois da visita”, disse.
Segundo João Victor, após receber a informação de que seria morto por dinheiro, se desesperou e começou a bater cabeça, dar murro na parede e nervoso, pensava que ia morrer.
“Ele [o pai], minha mãe, minha irmã: todos que estavam naquela visita estavam correndo risco de vida. Como a gente ia fazer para avisar à polícia que eu tinha sido jurado de morte? Como que a gente ia fazer isso que na cadeia não tem telefone, não tem um meio de o preso se ligar diretamente com o agente penitenciário?”, completou o réu.
Por fim, João Victor disse que se acalmou após o pai sair da cela e voltar dizendo para ele ficar tranquilo porque “não iria acontecer nada”.
Fonte: Folha de Pernambuco