Secretário executivo de Saúde afirmou que situação pode ter sido “um mero equívoco”.

Na última sexta-feira (02), um desequilíbrio generalizado se instalou em todo o Brasil após a Folha de S. Paulo apontar dados do Ministério da Saúde, dando conta que diversos municípios brasileiros teriam vacinado com doses vencidas da Astrazeneca. Após a exposição dos dados, as prefeituras iniciaram uma corrida contra o tempo para detectar como tal situação teria se dado.

Muitos dos municípios identificaram que havia ocorrido um erro no sistema de dados do Ministério da Saúde. O próprio Ministério informou, no sábado, que não repassa vacinas vencidas aos municípios. Já no sábado, o secretário executivo de Saúde, Rodrigo Otávio Moreira da Cruz, disse que o caso pode ter sido um ‘mero equívoco’.

“Importante destacar que o Ministério tem um controle muito rigoroso na distribuição dessas doses, então o ministério não distribui doses que estiverem vencidas. Ele recebe essas doses no centro de distribuição, há um controle rigoroso sobre a validade dessas doses, elas são enviadas aos estados e por sua vez enviadas aos municípios. A gente pediu detalhamento aos municípios para verificar se de fato houve essa aplicação de doses vencidas ou se foi um mero equívoco no preenchimento dos dados no nosso sistema oficial, o DataSUS”, detalhou em entrevista para CNN.

O órgão federal explicou que, “apesar das vacinas terem vindo direto do laboratório produtor (AstraZeneca), na embalagem constava vencimento em 31/05/2021 e que nas notas de fornecimentos do Sistema de Insumos Estratégicos em Saúde (Sies), do Ministério, o prazo de validade está 31/5/2022. De acordo com o MS, a informação da Rede de Frio Nacional é de que a validade correta é em 31 de maio de 2022.

Vacina vencida

Nesta sexta-feira, 2, um levantamento divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo, com base em informações do Ministério da Saúde, aponta que, no Brasil, 26 mil doses vencidas da vacina AstraZeneca contra a Covid-19 foram aplicadas em diversos postos de saúde. Dezenas de municípios brasileiros negaram ter aplicado a vacina vencida e apontaram a inconsistência na plataforma de dados do Ministério da Saúde.