Entenda a importância da fonoaudiologia no âmbito hospitalar
Na fonoaudiologia existem diversas áreas de atuação, uma delas é a fonoaudiologia no ambiente hospitalar. Nela, o profissional está inserido em diversos setores de um hospital, como por exemplo UTIs neonatais, pediátricas e adultas, atuando com o paciente ainda no leito, de forma precoce, preventiva, intensiva, tanto pré como pós-cirúrgica. Para entender a importância desse profissional no âmbito hospitalar, entrevistamos Thaíza Estrela Tavares, Mestre em Ciências e Saúde.
De acordo com Thaíza, o fonoaudiólogo integra a equipe multiprofissional, atuando de forma interdisciplinar, para a promoção, proteção e recuperação da saúde com o objetivo de prevenir e/ou minimizar complicações e sequelas, a partir do gerenciamento da alimentação e da comunicação, de maneira segura e eficaz, através da realização de triagem, avaliação, habilitação e reabilitação das funções orofaciais e da comunicação humana.
“Nessa área o profissional busca ampliar as perspectivas prognósticas, reduzir o tempo de internação, assim como as taxas de re-internação, visando sempre a melhoria da qualidade de vida dos pacientes”, explica.
Na área neonatal e pediátrica, o fonoaudiólogo realiza intervenção em recém-nascidos e crianças nos aspectos alimentares, estimulação sensório-motora oral, estimulação e manejo do aleitamento materno para a adequada posição na amamentação, orientação a equipes de saúde e mães, além de Triagem Auditiva Neonatal (Teste da Orelhinha) e Teste de Linguinha.
Além do profissional de fonoaudiologia atuar nas áreas de Neurologia, Otorrinolaringologia, Oncologia, Ortopedia e Traumatologia, ele também realiza triagem, avaliação, habilitação, reabilitação e orientação quanto aos aspectos de linguagem, fala, deglutição, motricidade orofacial, cognição, voz e audição.
Thaíza destaca que no atual contexto da pandemia de covid-19, o fonoaudiólogo está inserido em grupos multidisciplinares para a prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica nas UTI’s, visto que há fatores de risco para o desenvolvimento da disfagia em pacientes criticamente doentes, entre eles, a intubação orotraqueal.
“Após a extubação, cabe a este profissional a habilitação e reabilitação funcional das estruturas orofaríngeas e esofágicas envolvidas na deglutição de saliva, líquidos e/ou alimentos de qualquer consistência, proporcionando ao paciente melhores condições de alimentação e, consequentemente, melhores possibilidades de pronta recuperação”, esclarece.
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