Um homem e uma mulher suspeitos de participar do assassinato da atendente Mariane Kelly de Souza, de 35 anos, em Itajaí, Litoral de Santa Catarina, foram presos no Recife, nesta quinta-feira (22), segundo a Polícia Civil de Pernambuco. Os mandados de prisão, na Capital pernambucana, foram cumpridos nos bairros de Santo Amaro e Afogados, por determinação do magistrado da Segunda Vara Criminal da Comarca de Itajaí.
Mariane era esposa de um pastor evangélico, que também foi preso nesta quinta-feira (22), em uma igreja evangélica em Itajaí. Segundo a polícia, ele é o principal suspeito do assassinato da esposa. O crime, que causou grande comoção na cidade catarinense, ocorreu em 8 de abril. O corpo dela, encontrado com 27 perfurações de faca e as mãos amarradas, foi jogado no rio Itajaí-Açú, em Itajaí, e apareceu na cidade vizinha de Navegantes, no dia seguinte.
De acordo com as investigações da Polícia Civil de Santa Catarina, a mulher presa no Recife mantinha uma relação extraconjugal com o pastor. O religioso e a amante chamaram o outro homem preso no Recife e um adolescente para executarem o homicídio de Mariane, mediante o pagamento de uma quantia em dinheiro não informada.
A Polícia Civil de Santa Catarina informou em coletiva de imprensa, nesta quinta-feira, em Itajaí, que o pastor mandou matar Mariane para ficar com a amante e com bens materiais, incluindo a casa e R$ 17 mil em dinheiro, que o religioso recebeu como rescisão de um emprego, segundo informações do ND+.
As investigações apontam que o pastor, a amante, que era vizinha do casal, o genro e um sobrinho da amante participaram do crime. De acordo com o delegado regional de Itajaí, Marcio Colatto, as investigações ainda não foram concluídas.
“É um fato de extrema gravidade, face a violência em que a Mariane foi morta, com vários golpes de faca e depois amarrada e jogada no rio”, ressaltou o delegado. “As estatísticas nos pedem e fazem com que a gente dê uma atenção em especial a esse crime”, concluiu.
Os presos vão responder por homicídio, com agravante de feminicídio, e ocultação de cadáver. A arma do crime, uma faca, ainda não foi apreendida.
O crime
Mariane foi morta logo após sair do trabalho, em uma cafeteria de Itajaí. Ela entrou no veículo do marido, que, segundo a polícia, estava na direção no momento. O pastor chegou a publicar nas redes sociais que o veículo era de um aplicativo de transporte, segundo o G1 Santa Catarina, mas a Polícia Militar confirmou que o carro era, na verdade, particular.
Dentro do carro do marido, a atendente foi vítima das 27 perfurações com faca e teve o corpo jogado no rio e encontrado quase 24 horas após ter saído do trabalho. Em Pernambuco, as prisões foram conduzidas pelo gestor do Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), o delegado Cláudio Castro.
As identidades dos presos no Recife e do pastor não foram divulgadas, assim como o paradeiro do adolescente que também teria participado do crime. Mariane e o marido moravam na região do Vale do Itajaí há nove anos. Eles migraram da Bahia com a filha, que, atualmente, tem 16 anos, segundo o site gospel Pleno News.
O pastor não liderava nenhuma congregação evangélica há cerca de um ano, mas ainda frequentava a igreja com Mariane.
Com informações da Folha de PE