O pedido de registro foi enviado nesta segunda-feira (5) à Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Pernambuco.
A solicitação foi realizada pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), através de Antônio Campos, presidente da instituição. Enviado por email e endereçado à superintendente do Iphan em Pernambuco, Renata Borba, o ofício usa como justificativa para o requerimento a “a riqueza do espetáculo como arte cênica”.
No documento, o presidente da Fundaj afirma ainda que o pedido de tombamento ocorre no momento mais agônico e desafiador da história da encenação, que está paralisada devido à pandemia. A solicitação leva em conta as políticas públicas do Iphan voltadas para a manutenção dos patrimônios imateriais e difusão da cultura brasileira.
Encenada há mais de cinco décadas no Agreste de Pernambuco, a Paixão de Cristo de Nova Jerusalém foi cancelada pelo segundo ano consecutivo. Segundo os seus organizadores, mais de 1.500 empregos diretos e 8 mil empregos indiretos foram perdidos neste período sem apresentações. Maior teatro ao ar livre do mundo, a montagem de Páscoa já atraiu mais de 4 milhões de espectadores.
Ainda de acordo com a Fundaj, Antônio Campos também buscou o apoio do ministro do turismo, Gilson Machado Neto, na última sexta-feira. O titular da pasta teria disponibilizado uma equipe técnica para estudar a melhor forma de apoiar o espetáculo pernambucano.