O Governo Federal planeja antecipar novamente o pagamento do 13º de aposentados do INSS e o calendário do abono salarial, por causa do novo aumento de casos de covid-19 no país. O objetivo da antecipação é conter a crise e aquecer a economia. Em março de 2020, no início da pandemia no Brasil, o governo decidiu antecipar esses pagamentos. A informação foi obtida e antecipada pela Folha de São Paulo e confirmada pelo O Globo.

Segundo técnicos da equipe econômica do governo, a intenção é quitar a primeira parcela do 13º dos aposentados e pensionistas, do auxílio doença e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) a deficientes de baixa renda em fevereiro. A segunda parcela pode ser paga em março.

As datas, no entanto, não estão fechadas, porque dependem da possibilidade de operacionalizar o pagamento do benefício e só serão divulgadas junto ao anúncio oficial das medidas.

Esse mesmo calendário seria usado no pagamento do abono salarial. O cronograma de pagamento do abono do PIS vai de julho a junho.

Fontes da equipe econômica argumentaram que a antecipação dos pagamento é importante devido a um “recrudescimento” de casos de covid-19 no Brasil. A medida é fácil de ser implementada já que não tem impacto fiscal e não há necessidade de prorrogar o período de calamidade pública.

Auxílio Emergencial

Apesar das medidas, o governo descarta a possibilidade de um novo pagamento do auxílio emergencial, como aconteceu em 2020. Em contrapartida, para ajudar os mais vulneráveis, é planejado reajustes no Bolsa Família. Os técnicos avaliam se o aumento será para R$ 200 ou R$ 300, além da inclusão de mais 300 mil famílias no programa.

Atualmente o valor médio do benefício, concedido à 14,2 milhões de famílias, é de R$ 192. Para integrantes do governo, essas medidas pode ajudar no que chamam de “transição” até a aplicação em massa da vacina.