Saúde Distribuição das primeiras doses da vacina contra Covid-19 em Pernambuco usa seis caminhões

Distribuição das primeiras doses da vacina contra Covid-19 em Pernambuco usa seis caminhões


Logística prevê levar o imunizante a todos os municípios ainda nesta terça-feira (19).

A distribuição das 270 mil doses da Coronavac em Pernambuco usa uma logística que inclui seis caminhões, sendo quatro refrigerados, adequados para longas distâncias.

As vacinas chegaram ao Recife às 19h29 da segunda-feira (18), em um avião que decolou do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Primeiro, houve uma cerimônia simbólica no Centro de Logística do Ministério da Saúde com a presença do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e governadores.

De acordo com o Governo de Pernambuco, apesar de haver dois caminhões não refrigerados isso não implica risco às vacinas porque estão armazenadas em caixas térmicas a uma temperatura entre 4ºC e 8ºC, o que garante uma durabilidade de, no mínimo, 48 horas, suficiente para a distribuição.

A expectativa da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) é distribuir as doses pelos 184 municípios das 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres) em até 24 horas após a chegada, nesta terça-feira (19).

Após o envio da vacina por parte do Ministério da Saúde, a distribuição aos municípios é de responsabilidade dos estados.
Em cada cidade, serão usadas as salas de vacinação e postos volantes, que vão até os locais de trabalho ou residência dos vacinados. Haverá apoio do Ministério da Defesa na distribuição local.

No Recife, por exemplo, será usado como ponto de distribuição e armazenamento o Centro Médico Ermírio de Moraes, localizado na avenida Dezessete de Agosto, em Casa Forte, na Zona Norte.

A primeira fase da vacinação no Estado prevê vacinar um grupo de 129.022 pessoas, que inclui 2.462 pessoas com mais de 60 anos institucionalizadas, 130 pessoas com deficiência institucionalizadas, 26.506 indígenas vivendo em terras indígenas e 99.924 trabalhadores de saúde.

Abaixo, conheça alguns detalhes sobre a CoronaVac: 

Composição 
A CoronaVac utiliza uma versão inativada do Sars-CoV-2, vírus que provoca a Covid-19. A cepa CZ02 foi cultivada em células Vero (um tipo de célula de rim de macaco). Para produzir a vacina, o vírus foi inativado, ou seja, foi exposto ao calor ou a substâncias químicas para que perdesse o poder de infectar. “Morto”, ele não se replica e não gera doença. 

Depois desse processo, foi acrescentado o hidróxido de alumínio, que é uma substância já conhecida como adjuvante para que a vacina gere anticorpos em quem as recebe. 

Armazenamento 
Como o Brasil não possui ultracongeladores para armazenar imunizantes que precisam ser submetidos a temperaturas baixíssimas, a CoronaVac caiu como uma luva. A tecnologia de vírus inativado utilizada no desenvolvimento dela permite que seja mantida em temperaturas normais de geladeira, de 2 a 8 graus Celsius.

Essa condição se encaixou com a estrutura do Brasil em termos de logística de distribuição e armazenamento nas salas de imunização pelo País. A Anvisa, durante o processo de autorização para uso emergencial, disse que fará um acompanhamento a longo prazo para determinar o tempo de validade das doses prontas em refrigeração. Estima-se que 12 meses.  

Como age 
Uma vez injetado na corrente sanguínea, o vírus é detectado pelo sistema imunológico, que desenvolve formas de combatê-lo para que, quando estiver em contato com um vírus ativo do mesmo tipo, saiba como responder. 

Segurança 
A tecnologia de vírus inativado é uma das mais tradicionais no desenvolvimento de vacinas e, segundo especialistas, é bastante segura. É utilizada há décadas e, por isso, os efeitos são mais previsíveis. 

Durante os testes clínicos da CoronaVac, não foram relatados efeitos colaterais graves. As reações mais comuns foram dor, edema e/ou inchaço no local da aplicação, dor de cabeça e fadiga.

Testes
Antes de serem liberadas para uso, as vacinas precisam passar por várias fases de estudos. Antes dos testes em humanos, é feita a fase pré-clínica, na qual serão realizados testes em modelos celulares e de animais. Além da resposta imune, é checado como o organismo dos animais se comporta e também se há efeitos tóxicos. 

A partir desses resultados, é tomada a decisão se a vacina irá ou não ser testada em humanos, o chamado Ensaio Clínico, que é dividido em três fases antes do pedido de registro e uma fase após esse protocolo. 

Na fase I, o objetivo principal é saber se a vacina é segura e avaliar a melhor forma de administração da mesma. Na II, são testados diferentes esquemas para a vacina, verificando a dose e, sendo necessário mais de uma dose para imunização, quantas devem ser aplicadas e qual o intervalo ideal a ser feito para obter mais eficácia.

A fase III, conhecida como “duplo-cego”, sorteia o voluntário que vai receber o imunizante em teste e quem vai receber um placebo. Até o final do estudo, tanto voluntários quanto pesquisadores não têm conhecimento de quem recebeu o que. Ao término do período de estudo, essas informações são reveladas para que os resultados sejam avaliados.

Se a vacina se mostrou segura e ofereceu proteção, o passo seguinte é o pedido de registro na Agencia Reguladora – Brasil, a Anvisa -, que avalia todo o passo a passo, do desenvolvimento aos resultados finais, para dar ou não o aval. 

A fase IV, após a autorização, faz avaliações da segurança e da proteção em larga escala, por um período mais longo de tempo. Ao conceder a autorização para uso emergencial da CoronaVac, a Anvisa fez algumas observações que serão acompanhadas nos próximos meses. 

Eficácia
Anunciada com três porcentagens diferentes, a eficácia da vacina causou certa confusão. Entenda: 

100%
No total, 13.060 voluntários participaram dos testes da CoronaVac, sendo que metade recebeu apenas placebo. Desde julho, 252 participantes do Ensaio Clínico contraíram a Covid-19, dos quais 167 havia recebido placebo e 85 fazia parte do grupo dos vacinados de fato. 

No grupo experimental, que foi vacinado, não houve registro de pacientes com caso moderado a grave, que tenha necessitado de internação. Já no grupo controle, que recebeu placebo, foram registrado sete casos moderados a grave. 

Logo, se não houve nenhum caso moderado a grave no grupo experimental, significa uma eficácia de 100% para evitar formas mais severas da Covid-19, internações e mortes pela doença. 

78%
No caso das infecções leves, nas quais a pessoa apresentou poucos sintomas da Covid-19 e recebeu algum tipo de assistência médica, mas não precisou de internação, foram feitos 38 registros, sendo sete no grupo experimental e 31 no grupo controle. Significa dizer que para a prevenção de casos leves da Covid-19, quando a pessoa tem sintomas, mas sem necessidade de internação, a eficácia é de 78%. 

50,38% 
Esse é o cálculo que envolve as 252 pessoas que contraíram a Covid-19 juntando os dois grupos (experimental e controle), independente da gravidade da doença. A proteção foi, então, calculada em 50,38%. A conclusão é que, quem toma a CoronaVac, tem 50,38% menos risco de adoecer pela Covid-19. E, aí, mesmo que apresente sintomas, a eficácia para evitar gravidade é de 100%.  

Doses
O Ministério da Saúde está recomendando que a segunda dose seja ministrada com um intervalo de duas a quatro semanas da primeira aplicação. Segundo o laboratório Sinovac, desenvolvedor da CoronaVac, o estudo feito no Brasil mostrou que a vacina foi até 20% mais eficaz quando os voluntários recebiam a segunda dose com um intervalo de três semanas ao invés de duas. Embora aprovada para uso emergencial no Brasil, na Turquia e na Indonésia, a Sinovac ainda não divulgou o resultado global dos testes da fase III do imunizante.

Bruno Muniz 19 jan 2021 - 9:00m

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