FenaSaúde acredita que setor privado não fornecerá vacina contra covid-19
A vacinação contra a covid-19, planejada pelo plano de imunização do Ministério da Saúde, durante o processo de vacinação em massa, não deve acontecer no setor particular, de acordo com o presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), João Alceu Amoroso Lima. Para ele, a proposta do Ministério Público Federal (MPF) de incluir a vacinação no rol de serviços dos planos de saúde não deve seguir a diante.
Conforme lembrou João Amoroso, já foram divulgadas diversas manifestações do Executivo, Legislativo e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de que não haverá vendas de vacina para laboratórios e instituições privadas, pelo menos inicialmente. Porém, no futuro, o imunizante poderá ser ofertado pela rede particular, conforme assegurou.
“Será como é hoje com o H1N1, quando se pode ir a um laboratório e tomar essa e outras vacinas, que no passado foram objeto de políticas públicas”, disse.
De acordo com Alceu, a oferta do imunizante na rede privada, no início do processo, agravaria o aumento da desigualdade social no Brasil.
“No momento, isso não faz nenhum sentido e pode criar um enorme desequilíbrio e aumentar a desigualdade no acesso à vacina. Isso [vacinação] deve ser, sim, uma tarefa do Ministério da Saúde, coordenada com os estados e com todas as instâncias do SUS [Sistema Único de Saúde], como sempre foram as outras campanhas bem-sucedidas de vacinação”, afirmou.
Ele ressaltou que, para alcançar toda a população brasileira, a vacinação deverá se estender até 2022, devido as vacinas precisarem ser aplicadas em dose dupla. Para ele, a prudência e o alerta para a situação na rede de saúde deve permanecer.
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