O volume de vendas no varejo registrou uma queda de 3,6% no mês de setembro em Pernambuco, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC). É o quinto pior resultado para o mês na comparação com os índices dos outros Estados brasileiros.

A frente de Pernambuco, em situação pior, estão o Maranhão (-5,9%), Amapá (-5,5%), Ceará (4,4%) e o Acre (-3,9%). O índice de vendas em situação nacional foi positivo, porém com número discreto, 0,6%.

Na variação entre janeiro e agosto, Pernambuco registra queda de 2%. Na variação acumulada de 12 meses, enquanto o Brasil tem índice positivo, 0,9%, Pernambuco tem resultado negativo em 1%.

O resultado foi visto com surpresa, analisando os números positivo dos últimos meses no estado. Segundo alguns economistas, os números positivos de meses anteriores podem ter contribuído para a queda na comparação com setembro.

Em abril, mês com comércio fechado e fase crítica da pandemia, Pernambuco registrou queda de 16,7% no volume de vendas. No mês seguinte, maio, registrou alta de 10% e 19,8% em junho.

A queda nos indicativos no mês de setembro coincidiu com o corte do benefício do Auxílio Emergencial, pago pelo Governo Federal, que caiu de R$ 600 para R$ 300. Porém, para o comércio, isto pode ser recompensado pelo pagamento do 13º salário, que começa a ser pago, geralmente, em novembro.

Outra explicação plausível para a queda nas vendas no varejo é a falta de matéria prima para a produção de mercadorias. A alta demanda por parte das indústrias pode gerar alta de preço e encarecer os produtos, freando a compra deles nas lojas.