Arrecadação estadual volta a crescer, porém despenca no segmento de tecidos
Depois de quatro meses em queda, a arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) voltou a crescer. Em comparação com os mesmos meses do ano passado, a arrecadação em agosto cresceu 16% e 18% em setembro,
Os números positivos de agosto e setembro atenuou o resultado do ano, porém não evitou que ele permanecesse com sinal negativo (-0,94%). Devido aos efeitos da pandemia, a expectativa é que até o final de 2020, R$585 milhões deixem de entrar nas contas do governo, o que representa uma redução de 3,26% na arrecadação do ICMS em relação ao ano passado.
Nos meses de abril, maio, junho e julho, em Pernambuco, o recolhimento do ICMS fechou no vermelho. O mês mais crítico nessa redução foi Maio, 34% a menos a Maio do ano passado. De janeiro a setembro deste ano, o governo estadual perdeu R$119 milhões de arrecadação do ICMS.
No acumulado de janeiro a setembro, em comparação ao ano passado, os segmentos econômicos que mais se destacaram foi as Usinas de Cana de Açúcar (38,81%), Supermercados (16,46%), Bebidas (12,47) e Atacado de Alimentos (10,97%). Os que tiveram pior desempenho de arrecadação foram o setor de tecidos, veículos e combustíveis.
A volta do crescimento na arrecadação se deu pelas medidas de reabertura. Outro fator que impulsionou a melhoria foi o Auxílio Emergencial, pago pelo governo federal. Segundo o secretário da Fazenda, Décio Padilha, o auxílio gerou consumo.
“Teve muita venda de geladeira, televisão e outros produtos”, disse Padilha.
Com o fim do auxílio de R$600 e R$300 e dos benefícios concedidos pelo governo federal, a previsão é de um 2021 duro financeiramente para os Estados.
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