Carcará foi o primeiro time do interior a conquistar o Estadual. Após o empate em 0x0, a conquista veio nos pênaltis, com vitória do time salgueirense por 4×3.
“Tem festa no interior… Carcará, pega, mata e come”. O Salgueiro pôs fim à hegemonia do Trio de Ferro da capital e fez história como o primeiro clube do interior do Estado a conquistar o título do Campeonato Pernambucano. Após empatar em 0x0 no tempo normal, a equipe salgueirense levou a melhor na decisão por pênaltis e venceu por 4×3 para entrar na história. Coube a Muller Fernandes, o artilheiro do time, marcar o gol do título.
Com a conquista Estadual, o Salgueiro também garantiu vaga na Copa do Nordeste de 2021 – o Náutico ficou de fora da próxima edição do Regional.
O JOGO
Entrando em campo com escalações com ataques mais leves, Santa Cruz e Salgueiro iniciaram a decisão do Pernambucano com bastante movimentação em campo e os jogadores buscando a todo tempo o jogo, aparecendo para receber a bola. Porém, ao mesmo tempo que os dois times proporcionavam essa iniciativa de jogo, a partida também mostrava muitos lances pegados, com poucos espaços para deixar o adversário raciocinar e concatenar as jogadas.
De volta ao Arruda após cinco meses – primeira vez atuando após a retomada do futebol -, o Tricolor mostrava que conhecia bem os atalhos do campo e, com isso, buscava explorar bastante os externos na tentativa de abrir o sistema defensivo do Carcará. Numa dessas investidas, aos 12, Augusto Potiguar desceu pela esquerda, observou a passagem de Fabiano e tocou… O lateral foi á linha de fundo e rolou para trás, Jeremias livre finalizou para as redes, mas o bandeira Clóvis Amaral já havia marcado impedimento do camisa 6, de forma equivocada. Anulando o gol legal do Santa.
A pressão coral continuava e, por pouco, não conseguiu achar um pênalti. Aos 17, Pipico lançou Jeremias que partiu em disparada para sair na cara do gol, mas foi derrubado pelo volante Bruno Sena um pouco antes da linha da grande área. Na cobrança de falta, o camisa 9 tricolor acabou acertando a barreira. Acuado, o Salgueiro encontrava muita dificuldade para sair jogando e esbarrava na forte marcação do Santa Cruz.
Quando a partida se caminhava para o término da primeira etapa, o Carcará resolveu se assanhar em campo. Primeiro, aos 31, em cobrança de escanteio fechada de Ciel, mandando a bola na segunda trave e, quase, Renato chegando para cabecear – ainda chegou a desviar a bola, mas não acertou em cheio. Dois minutos depois, o próprio Renato recebeu bola na entrada da área, cortou para esquerda e acertou um chute venenoso, com a bola passando rente a trave de Maycon Cleiton, levando muito perigo.
Para não deixar a equipe sertaneja crescer na partida, a Cobra Coral respondeu imediatamente e na mesma moeda. Aos 34, Jeremias recebeu na intermediária e não se furtou de acertar um chute com efeito, obrigando César Tanaka a espalmar para o lado, evitando o que seria o primeiro gol da partida.
Restando apenas 45 minutos para o tempo normal da final do Pernambucano, os dois times voltaram dispostos a definir a partida com a bola rolando, sem a necessidade da disputa das penalidades. Com isso, o confronto ficou mais aberto e os espaços começaram a surgir. Aos 18, o veterano Ciel cobrou falta de longa distância com potência e deu trabalho a Maycon Cleiton, que espalmou para longe. Aos 20, o Santa Cruz também tentou abrir o placar em bola parada, com Paulinho alçando bola na área e, antes de Fabiano finalizar livre, Willian Alves surgiu e atrapalhou o companheiro.
O Tricolor seguia em busca do gol do título e teve a melhor chance da partida. Aos 32, Victor Rangel recebeu na direita e cruzou rasteiro para a área, a zaga salgueirense cortou, mas a bola sobrou para Paulinho que, mesmo não acertando um bom chute, a bola sobrou livre pra Didira finalizar rasteira e esbarrar na boa defesa de César Tanaka com o pé.
Apesar das investidas, a segunda partida da final do Pernambucano terminou com um novo empate e, a decisão, foi para os pênaltis.