Hoje é o dia do Patrimônio Histórico, e nada melhor que protocolar esse pedido em um dia tão simbólico para o patrimônio.
Entende-se por patrimônio histórico, toda aquela edificação ou conjunto arquitetônico considerado antigo, e que exerce certa relevância na comunidade. Cada construção possui características e estilo próprio à uma determinada época e traz consigo uma extensa bagagem temporal e traduz um espaço-tempo próprio à edificação.
Há em Santa Cruz do Capibaribe, especificamente na Avenida Padre Zuzinha, importantes remanescentes da Arquitetura Eclética, construídos entre os séculos XIX e XX, que carregam em si uma grande parcela da história do nosso município e sobretudo, oferecem uma visão que a cada dia vem desaparecendo, dos primórdios da formação de nossa sociedade.
É importante que tais fachadas sejam preservadas para que esta e as próximas gerações tenham essa visão.
“Entender que recuamos ao passado, tentando compreendê-lo, para podermos entender o presente.”
São essas edificações que guardam em si, a memória e o sentimento afetivo de uma Santa Cruz saudosa, além de representarem um registro histórico que integra a identidade da Rua Grande, que é o berço histórico-cultural de nosso município. Essas construções, por sua vez, são a chave para a compreensão do desenvolvimento de nossa sociedade, visto que influem na formação morfológica do local, seguindo parâmetros de uma época distinta, traduzida em sua forma de construir, estilo e elementos constituintes.
É seguindo o tom de conservação, que a Carta de Burra (1999) diz que o objetivo da conservação é preservar a significância histórica e cultural do bem, implicando em medidas de segurança e manutenção. No tocante a preservação, ela nos aponta que mesmo que o bem esteja modificado ou deteriorado, ele ainda oferece um testemunho de uma significância específica. Lembrando que cada edificação possui sua significância histórica e cultural no contexto de nossa cidade.
A proteção legal, é importante para uma preservação mais efetiva dos bens listados. É a partir dela que se podem traçar diretrizes e parâmetros próprios para o tombamento. O primeiro passo é a conscientização da população quanto aos valores atribuídos àquela construção, na formação da sociedade em que vivem. Depois de identificadas e delimitado o perímetro de ocorrência das edificações (Avenida Padre Zuzinha, Santa Cruz do Capibaribe), deve-se iniciar o processo de tombamento das fachadas dos imóveis ali presentes.
Após um processo de estudos e visitas ao local, foram observadas algumas fachadas que devem receber a devida proteção o mais rápido possível para garantir sua integridade e preservação.