Diversidade Literária: Bruna Marques faz a resenha de “A Garota Alemã”
Título: A garota alemã|Autor: Armando L. Correa |Editora: Jangada
Edição: 2017 |Gênero: Ficção histórica
“Refugiados judeus fogem da Alemanha nazista… Uma história que precisa ser contada para que nunca se repita.”
A Garota alemã, obra escrita pelo autor Armando Correa, também autor de A filha esquecida, constrói mais uma obra com o cenário da segunda guerra mundial, com as problemáticas enfrentadas pelos judeus, toda a questão da perseguição, o desespero, e a falta de esperança no futuro incerto.
Nesta obra, inicialmente temos a Hannah Rosenthal, garotinha judia de 11 anos de idade, que viu a interrupção de sua vida normal com a família em Berlim, por conta do início da guerra, seus pais que antes tinham uma vida confortável, se viram diante da perda dos bens materiais e não sendo aceitos como eram antes da sociedade, as ruas que anteriormente eram seguras e tranquilas para todos, agora estavam lotadas por soldados nazistas, impondo medo e repressão.
Diante da situação a família de Hannah juntamente com outra família amiga, embarcam no St. Louis, um transatlântico de luxo, que tinha por objetivo o desembarque em Cuba para segurança de todas as famílias judias que nele embarcaram, porém, infelizmente não ocorreu como as famílias esperavam.
O livro foi construído, baseado em uma história real, a narrativa é dividida em duas partes: passado, Berlim, 1939 e presente, Nova York, 2014. No presente temos a Anna Rosen, garotinha de 12 anos de idade, que recebe um envelope enviado por Hannah, que impulsiona a Anna e sua mãe irem até Cuba conhecer a emissora da carta e descobrirem sobre o passado…
A Garota alemã foi tão bem construído como A filha esquecida, ambas as obras têm como pano de fundo a segunda guerra mundial, porém nesse livro nós temos uma visão também sobre a Cuba.
Os personagens foram bem construídos e desenvolvidos na obra, gerando aquele apego afetivo a eles, principalmente pela situação em que estão inseridos. A escrita do Armando Correa é uma das minhas preferidas, pelos embasamentos no qual o autor constrói as suas obras e o detalhamento em que faz a construção dos enredos.
Por Bruna Marques
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