Destaques Diversidade Literária: Análise de “A Filha Esquecida” — Por Bruna Marques

Diversidade Literária: Análise de “A Filha Esquecida” — Por Bruna Marques


Foto: Bruna Marques (Agreg Imagem)

Título: A Filha Esquecida

Autor: Armando Correa

Editora: Jangada

Edição: 2019 

Gênero: Ficção Histórica 

Pág. 384

“Durante uma guerra, as pessoas sempre perdem a capacidade de ouvir.”

Amanda e Júlio Sternberg são judeus, casados e pais de duas filhas, onde ambas já nasceram sob a tensão de uma possível guerra. Júlio é cardiologista e Amanda uma bibliotecária, dispondo de vários títulos, alguns deles da coleção seu pai, no qual ela os mantinha com todo amor, porém, muitos desses títulos não eram bem vistos pelos maus olhos alheios, olhos esses que incentivavam e incendiavam com a possibilidade de levá-los a fogueira como estavam ocorrendo com outras inúmeras bibliotecas espalhadas na Alemanha.

1939, em Berlim, onde o casal residia, é invadida pelos nazistas, dando início a 2° Guerra Mundial, no qual, todos no inicio achavam que as tensões não passariam de rumores, e não levaria a uma guerra de fato. Júlio vê o seu consultório invadido e sendo levado aos campos de concentração, e Amanda é obrigada a deixar tudo para trás, diante da atual situação em que sua vida e família se encontrava; viu os títulos de seu jardim das letras (nome da biblioteca) queimarem por completo, o seu marido ser levado a força pelos nazistas, ela foge para o sul da França, para uma aldeia. Antes da chegada de Amanda à aldeia ela terá de fazer uma escolha decisiva e quase impossível. Passado algum tempo escondida na aldeia, Amanda é levada pelos nazistas a um campo de trabalhos forçados, lá ela terá mais uma vez de reunir forças para fazer uma escolha sacrificante.

A leitura da obra me levou a vários momentos de reflexão, me peguei várias vezes imaginando outras opções para as famílias que foram submetidas a todo o holocausto, a todas as atitudes tomadas por preconceito religioso, todos os atos de insensibilidade, ao pavor horrendo dos familiares em busca de saídas para aquela situação no qual se instalara no país, a todas as perdas, mortes, atos desumanos de tortura e crueldade.

Esse gênero de obra me aguça a pesquisa, algumas vezes me vi saindo da leitura de um parágrafo e indo fazer pesquisa relacionada aquilo que havia lido, pra ter a confirmação que toda a cena que estava passando na minha mente era daquela forma ou ainda pior. Finalizei a leitura do livro desejando que houvessem mais folhas, foi muito prazeroso o período no qual passei lendo e absorvendo o conteúdo da obra.

Tiveram alguns quotes no qual não podia deixar de cita-los:

“O coração pode resistir a todos os tipos de trauma físico, mas a tristeza pode destruí-lo em um segundo.”

“Sempre que você tiver medo e seu coração estiver acelerado, comece a contar suas batidas. Conte-as e pense em cada uma delas, porque você é a única pessoa que pode controla-las. A medida que aumentar o silêncio entre uma batida e outra, o medo vai começar a diminuir. Nos precisamos desses silêncios para existir, para pensar.”

“O fedor do medo contamina; tudo o que entra em contato com ele fica vulnerável e, depois que alguém entrou nesse caminho, é impossível sair.”

“A guerra traz a tona o pior de nós.”

Por Bruna Marques

Bruno Muniz 07 abr 2020 - 3:31m

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