Mesmo não sendo maioria entre os cumpridores de pena ou medidas alternativas no estado, elas são encaminhadas pela justiça para prestarem serviços em ONG´s, escolas e instituições de longa permanência na busca pela ressocialização.
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Foto: Divulgação |
As mulheres que cumprem pena alternativa no estado representam 13% do universo de 5.876 cumpridores acompanhados pela Gerência de Penas Alternativas e Integração Social (Gepais), órgão da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH). Mesmo em pequena quantidade elas são encaminhadas pela justiça para o a prestação de serviços à comunidade ou a pena pecuniária, por contra da prática de pequenos delitos.
Na pena de prestação de serviços elas realizam atividades em escolas, creches, ONG´s, instituição de longa permanência e outras entidades que fazem parte da rede social parceira da Gepais.
“Estou aprendendo muito, em todos os sentidos, principalmente a pensar duas vezes antes de tomar uma decisão, e a ajudar as pessoas”, reflete A.M.G.S. que auxilia na confecção da merenda em uma escola na Região Metropolitana do Recife (RMR).
Na obrigação com a justiça, as mulheres executam serviços diversos como: limpeza, cozinha, manutenção, auxiliar administrativo, apoio em salas de aula, de acordo com as aptidões de cada uma. Entre os principais delitos praticados estão: difamação, calúnia, injúria, perturbação do sossego, posse de droga.
De acordo com o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, torna-se primordial ter um olhar diferenciado no acompanhamento das penas alternativas do público feminino.
“As mulheres, em geral, são pressionadas a absorver diversas demandas cotidianas, como o cuidado com os filhos, os afazeres domésticos, administração da vida familiar, além, muitas vezes, do trabalho externo. Por isso o cumprimento da alternativa penal para esse universo deve ser compatível com sua realidade e capaz de proporcionar uma reflexão sobre o seu papel na sociedade" completa.