Destaques Manhã de terror em Moreno: padrasto é suspeito de matar a facadas dois enteados de 11 e 13 anos

Manhã de terror em Moreno: padrasto é suspeito de matar a facadas dois enteados de 11 e 13 anos


No momento do brutal duplo assassinato, a mãe das crianças não estava em casa – havia, segundo ela, ido à casa do tio, em Jaboatão. Em estado de choque e chorando, ela contou, na delegacia, que havia deixado os quatro filhos na casa da mãe dela, que mora no mesmo bairro, porém os três maiores decidiram voltar à casa da família – ficou apenas o filho caçula permaneceu com a avó.

“Meus três filhos estavam na casa da avó. O menor estava na casa da outra avó”, explicou Gessica. “Como ele tinha saído para beber, eles não ficaram em casa. Eu fui para a casa do meu tio, ajudar ele, que é idoso e cadeirante”, explicou a mãe. 

Após a barbárie, o homem fugiu de casa, mas a população, juntamente com policiais militares, conseguiu prendê-lo. A mãe do acusado, a dona de casa Ilda Maria de Lurdes, 48, que mora próximo ao local onde aconteceu o crime, contou que foi ela mesma que chamou a polícia para o próprio filho. “Ele ficou correndo na rua, drogado. Eu não poderia deixar ele fugir diante do crime que ele cometeu”, disse. Ele foi levado para a Delegacia de Prazeres, em Jaboatão. Os corpos das crianças foram enviados ao IML. 

Gessica e Robson se relacionavam há mais de dez anos. Ela contou contou que Robson era bastante agressivo com ela e que já existia uma medida protetiva contra ele desde 2015, mas o homem não aceitava a separação. “Ele já tentou me esfaquear, só não fez isso porque meus filhos não permitiram”, disse Gessica. “Ele me batia, me agredia, me esculhambava. Usava todo tipo de droga, maconha, crack, bebia, cheirava pó”, ressaltou. 

Ainda segundo ela, o homem nunca antes havia agido agressivamente com os enteados e nem com os outros dois filhos.

“Ele nunca tinha sido agressivo com os filhos. Comigo sim. Ele já tentou me matar. Mas com as crianças não. Já bateu muito em mim. Tirou sangue. Mas o roxo some. Em 2015 bateu em mim pela primeira vez”, detalhou. 

Segundo Gessica, uma possível causa foi a mudança que ela planejava, com os filhos, para São Paulo. “Ele tinha muito ciúme de mim. Era obcecado por mim. Era um ciúme doentio. Não deixava eu fazer a minha vida. Eu ia para São Paulo, viver com minha tia, com meus filhos, ele estava sabendo disso, e acho que a causa foi essa”, revelou. 

Moreno

As crianças esfaqueadas morreram na rua, em frente a casa localizada na Quadra 2, na Vila Holandesa, em Moreno. No local, muito sangue e pegadas das crianças. Segundo a mãe do acusado, a dona de casa Ilda Maria de Lurdes, 48, que mora próximo ao local onde aconteceu o crime, era comum a mãe das crianças deixarem eles sozinhos ou com o padrasto. 

“Ela saía, muitas vezes não dizia pra onde ia, e as crianças ficavam com Robson. Ele criou os enteados desde pequenos”, contou. Ilda disse ainda que Robson costumava se drogar e vivia em um relacionamento conturbado com Gessica. “Ele batia nela, mas nunca agrediu as crianças. Gessica tinha me dito que ia para uma praia e que ia deixar os meninos com ele. Hoje eu acordei com os gritos do meu neto Richard, de 6 anos. Ele disse: vovó, papai matou Alice. Eu sai correndo e vi os corpos na rua”.

Uma manhã de terror aconteceu nesta quinta-feira (3) em Moreno, na Região Metropolitana do Recife. Na casa onde a família vivia, o padrasto de 28 anos é suspeito de matar a facadas dois enteados – de 11 de 13 anos – após haver tentado abusar sexualmente da garota de 13 anos. O crime foi presenciado pela filha de 9 anos do casal, que conseguiu fugir. A mãe das crianças, Gessica Maria do Nascimento, 29, não estava na casa, localizada na Vila Holandesa.

O crime ocorreu por volta das 5h, quando estavam na residência três dos quatro filhos de Gessica. Aproveitando que as crianças dormiam, o padrasto Robson Jose dos Prazeres, de 28 anos, que estaria drogado e embriagado, tentou abusar da enteada Maria Alice Nascimento, de 13 anos. Nesse momento, a filha do casal, uma menina de 9 anos, presenciou o ocorrido e começou a gritar. O outro enteado do homem, Alex Gabriel dos Santos, de 11 anos, foi para cima do padrasto para tentar evitar o abuso sexual, e o homem esfaqueou os dois enteados. A menina de 9 anos presenciou a morte dos irmãos e conseguiu fugir.

“Meus filhos são tudo na minha vida, tudo que eu tinha”, disse Gessica, emocionada. “O sonho da minha filha era ser uma grande advogada. E do meu filho era ser um grande policial”, revelou a mãe, no meio desta manhã, na Delegacia de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes.

Com informações da Folha de PE

Bruno Muniz 03 jan 2019 - 16:19m

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