Destaques “Só quero trabalhar”, diz jovem agredido por seguranças em Toritama

“Só quero trabalhar”, diz jovem agredido por seguranças em Toritama


Sem pai nem mãe, Carlos já retornou aos trabalhos, agora em Caruaru.

Foto: Divulgação

A história de Carlos Wellinton Melo Guerra (17 anos) segue ganhando os noticiários da região. Mesmo machucado após ser agredido por seguranças por estar vendendo água mineral no Parque das Feiras de Toritama, o jovem já retornou ao trabalho e agora tenta ganhar a vida em Caruaru, município também localizado no Agreste de Pernambuco.

O caso de Carlos ganhou destaque no último final de semana, onde o mesmo foi rendido por seguranças. Com bastante truculências vários homens imobilizaram o garoto que chegou a cair de rosto no chão após ser desacordado por um golpe de um dos seguranças. Na ocasião, o grupo tomou as mercadorias do mesmo porque ele não possuía um cadastro para comercializar no local –  relembre o ocorrido.

Após o ocorrido surgiu a informação que tentava justificar a repressão dos seguranças para com o menor. Segundo relatos, o mesmo teria sido pego supostamente roubando, porém a informação foi posteriormente negada pela polícia que confirmou a ficha limpa do rapaz perante os registros policiais, assim como o que o mesmo fazia no momento em que foi rendido.

História de vida dura

Carlos Wellinton Melo Guerra assim como milhares de brasileiros não possui facilidades na vida. O jovem perdeu a mãe alcoólatra aos 13 anos e passou a viver apenas com a irmã, de quem se separou logo após ambos decidirem seguir caminhos distintos. Para se manter com moradia e comida, Carlos passou a comercializar produtos nas ruas, uma lida que trilha até os dias de hoje.

Procurado por reportagens de blogs no início desta semana, Carlos detalhou que não guarda magoas dos seguranças que o detiveram e que apena planeja seguir trabalhando para poder obter o seu sustento.

“O que eles fizeram foi errado, mas peço apenas que Deus dê sabedoria a eles. A gente trabalha nas ruas porque muitos de nós não temos escolhas. Me chamaram de bandido, me levaram para delegacia como um bandido, mas o delegado viu quem eu verdadeiramente era, um trabalhador. E é isso que quero seguir fazendo, só quero trabalhar e conquistar meu pão na moral, ser um cidadão”, disse o jovem.

Os seguranças que agrediram Carlos assinaram um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), um registro de um fato tipificado como infração de menor potencial ofensivo, ou seja, os crimes de menor porte.

Bruno Muniz 19 jun 2018 - 20:50m

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