Episódios de 'pressão' e ameaças foram registrados em Campina Grande e João Pessoa
Durante as movimentações de grevistas ocorridas na última sexta-feira, dia 28, muitos excessos foram registrados no estado da Paraíba, mais precisamente em Campina Grande e João Pessoa. Segundo jornais paraibanos, alguns manifestantes estavam obrigando comerciantes a fecharem os seus estabelecimentos sob ameaças.
Embora a Greve Geral tenha tido adesão de aproximadamente 95% na Capital, a paralisação ficava ao critério do comerciante, se abria ou fechava o seu estabelecimento. Em vídeos que circulam nas redes sociais é possível ver que manifestantes não estavam respeitando essa postura e ameaçavam até mesmo invadir estabelecimentos que permaneciam abertos durante os protestos.
Em um caso mais especificamente o locutor de uma difusora incita os protestantes para que os mesmos batam nas portas de uma farmácia e obriguem o gerente a baixar as portas. No final da gravação é possível ouvir o mesmo dizendo que "se quebrar não tem problema não".
"A farmácia está aberta aqui, volta aí pessoal e manda fechar também. Essa loja vai ter que baixar as portas, viu. Ou baixa ou abre para o pessoal ir buscar os empregados, ou baixa as portas ou abre, força aí a porta, força, força, força a porta para abrir, 'bota quente' mesmo, não tem que tá com medo não. Força a porta aí que o gerente está com medo. Bate no vidro para ele ter medo", incitou o locutor.
Eliezér Gomes, presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de João Pessoa, considerou a greve positiva e de resultado satisfatório, apenar das ameaças contra os comerciantes.
“A avaliação é de 95% de adesão, porque alguns trabalhadores, ameaçados, ficaram com medo e estão trabalhando em lojas que estão fechadas. O corpo gerencial também foi obrigado a ir, e alguns setores internos que não percebemos”, declarou em entrevista aos meios de comunicação.