Foto - Marlon Costa (Pernambuco Press) |
A Polícia Civil divulgou na manhã
desta segunda-feira (30) detalhes da prisão de uma quadrilha suspeita de
explodir caixas eletrônicos nos estados de Pernambuco e Paraíba. Ao todo, de
acordo com o delegado Paulo Berenguer, o grupo é acusado de 15 explosões em
2016, e com eles foram encontrados material explosivo suficiente para estourar
196 caixas.
A investigação que levou nove
meses teve início após a investida da quadrilha nas cidades de Macaparana e São
Vicente Ferrer em abril do ano passado. Na fuga, os criminosos deixaram
explosivos, imóveis metralhados, carros queimados e projéteis de fuzis. O Delegado
Paulo Berenguer, ressaltou que todo o material já foi identificado e a sua
origem já está sob os cuidados da polícia.
Foto - Marlon Costa (Pernambuco Press) |
De acordo com a polícia, 22 suspeitos
eram os integrantes da quadrilha, sendo que 16 acabaram sendo presos e dois
morreram em troca de tiros com a polícia, e um terceiro suspeito foi
assassinado. Três ainda permanecem foragidos e um deles é o líder da
organização.
Entre os presos está um vereador
da cidade de Alcantil-PB, suspeito de guardar e transportar todo o armamento de
guerra, além de assassinar um dos integrantes.
"Ele foi eleito vereador em Alcantil, na Paraíba, mas a principal atividade era a guarda e o transporte das armas de fogo. Existe uma suspeita de homicídio por divergências financeiras na própria quadrilha", explica o delegado.
Os integrantes da quadrilha são suspeitos
de realizarem ações nas cidades de Tacaimbó, Vertentes do Lério, Taquaritinga
do Norte, Riacho das Almas, Macaparana, Cumaru, Machados, Santa Terezinha,
Condado, Jataúba, Santa Cruz do Capibaribe, Primavera e Belém de Maria.
Foto - Marlon Costa (Pernambuco Press) |
Entre o material apreendido, 49
emulsões explosivas, detonadores, cordéis detonantes, 25 armas e munições de
uso restrito, coletes balísticos e grampos. Entre o armamento, metralhadoras,
submetralhadoras, fuzis, revólveres e pistolas. A polícia ainda encontrou com a
quadrilha uma parte de caixa eletrônico que foi explodido.
Os suspeitos foram divididos em
presídios de Pernambuco e Paraíba, eles responderão por diversos crimes: organização
criminosa armada, comércio clandestino de armas de fogo, explosões, homicídio,
resistência e roubo. A soma das penas poderá chegar a 78 anos de reclusão. Se
comprovado o envolvimento em outros 14 crimes, a pena para cada um dos
indivíduos poderá chegar a 1.170 anos de prisão.