Parece meio contraditório o presidente Interino, Michel Temer (PMDB), falar que a presidenta Dilma Rousseff (PT) deixou um rombo nas contas do governo, tendo em vista que, após conceder um reajuste ao judiciário, bem acima da inflação, agora cria novos cargos. Com o reajuste significará em todo o Judiciário, segundo o Ministério da Fazenda, um impacto de R$ 6,9 bilhões até 2019, aos cofres públicos.
Em meio aos reajustes salariais, a Câmara aprovou a criação de 14.419 cargos federais, um número quatro vezes superior aos 4.000 postos comissionados que Michel Temer prometeu acabar em 2016. A aprovação passou despercebida por muitos deputados. A maior parcela dos cargos federais é de técnicos administrativos em educação (4.732 postos). Há ainda 52 cargos no Instituto Brasileiro de Museus e 516 analistas para o Comando do Exército.
Não somos contra a criação de empregos, porém em meio à crise e com a proposta de enxugamento da máquina, a criação de cargos comissionados vai à contra mão do discurso de Michel Temer. O correto deveria ser por meio de concurso, para dá a oportunidade a quem realmente tem as competências para exercer função. Sabemos que geralmente cargos comissionados, são apenas para alojar cabos eleitorais, pagos com o dinheiro público.
Por: Marciel Aquino
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