O ano de 2014 não será lembrado com alegria pelos consumidores de energia elétrica. Com o setor em dificuldades financeiras e a falta de chuvas, que encareceu o preço da energia, os reajustes aplicados nas contas de luz foram altos, chegando a uma média de 16,6% de aumento para os consumidores residenciais.
A empresa que teve o maior reajuste na tarifa de energia em 2014, entre as 64 distribuidoras do país, foi a Companhia Energética de Roraima (CERR). O aumento chegou a 54,06%. Também estão no topo da lista a Elektro, de São Paulo, com 35,77%, a Centrais Elétricas do Pará (Celpa), com 34,41%, e a Companhia Luz e Força Santa Cruz (CPFL Santa Cruz), também de São Paulo, com 30,64%. Em 2013, o reajuste dessas distribuidoras não passou de 11%.
Os altos reajustes deste ano podem ser explicados em parte por causa da falta de chuva que vem sendo registrada no país desde 2012. Com a seca, considerada a mais grave dos últimos 80 anos, as usinas hidrelétricas ficaram sem água suficiente para movimentar suas turbinas e gerar energia, por isso o país teve de recorrer às usinas termelétricas, movidas a gás natural, carvão e óleo diesel, que produzem energia mais cara.
Outro fator que agravou a crise no setor elétrico foi o cancelamento do leilão de energia previsto para o final de 2012. Segundo uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), a não realização do leilão fez com que muitas distribuidoras ficassem sem energia contratada à disposição, tendo que ir comprar no mercado de curto prazo, que já estava com os preços mais altos por fatores climáticos, como falta de chuva. Ainda de acordo com o TCU, falhas de regulação e a falta de planejamento comprometeram a redução das tarifas de luz prometida pelo governo.
No ano que vem, a tarifa de energia também deverá sofrer aumentos significativos, na avaliação de Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Segundo ele, os aumentos futuros estão ainda vinculados aos impactos da crise hidrológica e da fórmula equivocada de cálculo do PLD.
Também deverá influenciar na tarifa, em 2015, o pagamento do empréstimo que foi feito às distribuidoras por causa dos gastos a mais com a compra de energia no mercado à vista. Esses empréstimos, que somaram R$ 17,8 bilhões, serão repassados para as contas de luz dos consumidores entre 2015 e 2017.
Castro comemora a revisão da fórmula do PLD feita pela Aneel, que diminuiu o preço máximo de R$ 822,83 para R$ 388,48 o megawatt-hora, mas lembra que a medida só valerá para os próximos anos. “Todo o custo extra de 2014 terá que ser pago em 2015 e 2106. Assim, o cenário de preço para os consumidores não é muito promissor, indicando assim que será muito importante um esforço para reduzir o consumo de energia elétrica”, destaca.
Informações: Agência Brasil
A empresa que teve o maior reajuste na tarifa de energia em 2014, entre as 64 distribuidoras do país, foi a Companhia Energética de Roraima (CERR). O aumento chegou a 54,06%. Também estão no topo da lista a Elektro, de São Paulo, com 35,77%, a Centrais Elétricas do Pará (Celpa), com 34,41%, e a Companhia Luz e Força Santa Cruz (CPFL Santa Cruz), também de São Paulo, com 30,64%. Em 2013, o reajuste dessas distribuidoras não passou de 11%.
Os altos reajustes deste ano podem ser explicados em parte por causa da falta de chuva que vem sendo registrada no país desde 2012. Com a seca, considerada a mais grave dos últimos 80 anos, as usinas hidrelétricas ficaram sem água suficiente para movimentar suas turbinas e gerar energia, por isso o país teve de recorrer às usinas termelétricas, movidas a gás natural, carvão e óleo diesel, que produzem energia mais cara.
Outro fator que agravou a crise no setor elétrico foi o cancelamento do leilão de energia previsto para o final de 2012. Segundo uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), a não realização do leilão fez com que muitas distribuidoras ficassem sem energia contratada à disposição, tendo que ir comprar no mercado de curto prazo, que já estava com os preços mais altos por fatores climáticos, como falta de chuva. Ainda de acordo com o TCU, falhas de regulação e a falta de planejamento comprometeram a redução das tarifas de luz prometida pelo governo.
No ano que vem, a tarifa de energia também deverá sofrer aumentos significativos, na avaliação de Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Segundo ele, os aumentos futuros estão ainda vinculados aos impactos da crise hidrológica e da fórmula equivocada de cálculo do PLD.
Também deverá influenciar na tarifa, em 2015, o pagamento do empréstimo que foi feito às distribuidoras por causa dos gastos a mais com a compra de energia no mercado à vista. Esses empréstimos, que somaram R$ 17,8 bilhões, serão repassados para as contas de luz dos consumidores entre 2015 e 2017.
Castro comemora a revisão da fórmula do PLD feita pela Aneel, que diminuiu o preço máximo de R$ 822,83 para R$ 388,48 o megawatt-hora, mas lembra que a medida só valerá para os próximos anos. “Todo o custo extra de 2014 terá que ser pago em 2015 e 2106. Assim, o cenário de preço para os consumidores não é muito promissor, indicando assim que será muito importante um esforço para reduzir o consumo de energia elétrica”, destaca.
Informações: Agência Brasil