Recentemente um leitor do blog nos enviou esta imagem, um homem em uso de um caminhão de carga, enche contêineres de água as margens do Açude da Manhosa, uma bomba é usada para extrair a água do Açude.
Caminhões semelhantes a este passeiam pelas ruas de Santa Cruz do Capibaribe vendendo água, segundo eles ''apropriada'' para o consumo doméstico.
Um preço bastante popular é cobrado pela água vendida por estes caminhões, mas surge então uma dúvida, seria essa água mesmo apropriada para o consumo? Tendo em vista que muitos à usam até mesmo para cozinhar?
Bem, em conversa com o professor e historiador Arnaldo Vitorino, o mesmo nos explicou que água do Açude da Manhosa ainda tem utilidade para fins doméstico, porém, é necessário que a mesma passe por alguns processos de purificação (filtração).
''A água da Manhosa ainda serve pra tudo inclusive desentediação humana, não é uma água potável claro, mas as pessoas que a estão utilizando são para fins variados, desde a construção civil e quem sabe até a desentediação em residencias onde as pessoas não podem comprar uma lata de água, basta coar e adicionar um pouco de hidroclorido, que ela estará pronta para o consumo.''
Apesar da possibilidade de filtração, o professor alertou para os riscos em consumir a água sem o tratamento adequado, e também citou os processos de transformação que as águas percorrem antes de chegar até nós.
''Muitos lavam animais, tomam banho e ate esgotos estão caindo dentro do açude, a quantidade de coliformes fecais já devem estar com um volume considerável, mas mesmo assim ela estar bem melhor do que a do Capibaribe, aqui atrás das ruas e que corre até Jucarzinho, e retorna depois de tratada para nossas casa. As autoridades deviam cuidar melhor dessa grande reserva de água que temos na nossa porta'' pontuou Arnaldo.
Com a expansão dos loteamentos no entorno do Açude da Manhosa, o mesmo passou a ser mais castigado, como já foi citado, esgotos são despejados próximo de suas margens, comprometendo assim o futuro do açude.
Pela proporção, é impossível comparar, mas é bom lembrar que São Paulo passa hoje por um grande problema com a falta de água, onde os reservatórios já estão usando suas margens limites, pondo em dúvida o futuro do abastecimento no estado do sul do país.
Além da seca, um fator influente na falta de água em SP, foi o descuido com as reservas existentes no estado, bem como o uso irregular por parte dos consumidores.
Trazendo este exemplo para nossa realidade, acreditamos que o Açude da Manhosa ainda tem muito a oferecer para o nosso município, mas que é claro, precisa de uma atenção por parte do poder publico, que descartou o açude como peça apenas geográfica e histórica. O açude santa-cruzense ainda é uma realidade vida, que precisa de suporte e tratamento para suas águas.
Por tanto, não estamos pregando que não comprem ou que deixem de consumir a água que é vendida nas ruas de Santa Cruz do Capibaribe por estes caminhões que passam na sua porta, mas reforçamos o alerta, que para a consumir, tenha sempre a preocupação de trata-la adequadamente, não pondo em risco assim a sua saúde nem de seus familiares.
Matéria: Bruno Muniz.
Foto: Açude da Manhosa - Por Arnaldo Vitorino.
Caminhões semelhantes a este passeiam pelas ruas de Santa Cruz do Capibaribe vendendo água, segundo eles ''apropriada'' para o consumo doméstico.
Um preço bastante popular é cobrado pela água vendida por estes caminhões, mas surge então uma dúvida, seria essa água mesmo apropriada para o consumo? Tendo em vista que muitos à usam até mesmo para cozinhar?
Bem, em conversa com o professor e historiador Arnaldo Vitorino, o mesmo nos explicou que água do Açude da Manhosa ainda tem utilidade para fins doméstico, porém, é necessário que a mesma passe por alguns processos de purificação (filtração).
''A água da Manhosa ainda serve pra tudo inclusive desentediação humana, não é uma água potável claro, mas as pessoas que a estão utilizando são para fins variados, desde a construção civil e quem sabe até a desentediação em residencias onde as pessoas não podem comprar uma lata de água, basta coar e adicionar um pouco de hidroclorido, que ela estará pronta para o consumo.''
Apesar da possibilidade de filtração, o professor alertou para os riscos em consumir a água sem o tratamento adequado, e também citou os processos de transformação que as águas percorrem antes de chegar até nós.
''Muitos lavam animais, tomam banho e ate esgotos estão caindo dentro do açude, a quantidade de coliformes fecais já devem estar com um volume considerável, mas mesmo assim ela estar bem melhor do que a do Capibaribe, aqui atrás das ruas e que corre até Jucarzinho, e retorna depois de tratada para nossas casa. As autoridades deviam cuidar melhor dessa grande reserva de água que temos na nossa porta'' pontuou Arnaldo.
Com a expansão dos loteamentos no entorno do Açude da Manhosa, o mesmo passou a ser mais castigado, como já foi citado, esgotos são despejados próximo de suas margens, comprometendo assim o futuro do açude.
Pela proporção, é impossível comparar, mas é bom lembrar que São Paulo passa hoje por um grande problema com a falta de água, onde os reservatórios já estão usando suas margens limites, pondo em dúvida o futuro do abastecimento no estado do sul do país.
Além da seca, um fator influente na falta de água em SP, foi o descuido com as reservas existentes no estado, bem como o uso irregular por parte dos consumidores.
Trazendo este exemplo para nossa realidade, acreditamos que o Açude da Manhosa ainda tem muito a oferecer para o nosso município, mas que é claro, precisa de uma atenção por parte do poder publico, que descartou o açude como peça apenas geográfica e histórica. O açude santa-cruzense ainda é uma realidade vida, que precisa de suporte e tratamento para suas águas.
Por tanto, não estamos pregando que não comprem ou que deixem de consumir a água que é vendida nas ruas de Santa Cruz do Capibaribe por estes caminhões que passam na sua porta, mas reforçamos o alerta, que para a consumir, tenha sempre a preocupação de trata-la adequadamente, não pondo em risco assim a sua saúde nem de seus familiares.
Matéria: Bruno Muniz.
Foto: Açude da Manhosa - Por Arnaldo Vitorino.