(Foto: Paullo Allmeida/Folha de Pernambuco) |
Em um Cais da Alfândega lotado de militantes, a Frente Popular realizou o seu mais simbólico ato da campanha. A seis dias da eleição, a aliança reuniu no palco a família do ex-governador Eduardo Campos – a viúva Renata, e quatro dos cinco filhos –, os postulantes ao Governo, Paulo Câmara (PSB); a vice, Raul Henry (PMDB); e ao Senado, Fernando Bezerra Coelho (PSDB), candidatos proporcionais, e o nome do PSB à Presidência da República, Marina Silva e seu vice, Beto Albuquerque.
Durante mais de duas horas, os líderes da aliança, como o governador João Lyra e o prefeito Geraldo Julio, se revezaram no microfone com os candidatos para exaltar o legado de Eduardo Campos e defender o voto em Câmara e Marina.
Em todos os discursos, um só mote: o repúdio ao que classificaram a campanha “de calúnias” a que Marina tem sido vítima. Todos que passaram pelo microfone externaram a “revolta” com a postura do PT em relação à socialista.
O comício também serviu de debute para o herdeiro político do ex-governador Eduardo Campos, o filho João, que foi recebido com euforia pelo público e saiu festejado após o seu discurso, que em muitos gestos lembrou o pai.
Já o candidato ao Governo, Paulo Câmara, em discurso, aproveitou para provocar os seus adversários da coligação Pernambuco Vai Mais Longe. “Primeiro disseram que eu não ia ganhar. Agora, dizem que eu não vou cumprir as promessas. No entanto, eu vim de uma escola, da escola de Eduardo, em que promessa é algo que se cumpre”, afirmou.
Também deu uma alfinetada no seu principal adversário, o candidato do PTB, Armando Monteiro Neto. “Não quero ser governador por vaidade ou por capricho pessoal. Quero dar prosseguimento ao que Eduardo Campos iniciou”, provocou.
Durante o evento, uma orquestra de frevo deu o tom do ato. Durante o discurso de Câmara, entoou Madeira que cupim não rói, que o PSB adotou como uma espécie de hino desde a primeira eleição de Eduardo, em 2006. Já no início da fala de Marina, puxou a música Mulher Brasileira, de Benito de Paula, sendo acompanhado pela população, estimada pela organização em 40 mil pessoas.
Fonte: Folha de Pernambuco.