Cada vez mais, o Facebook está se tornando a porta de entrada de serviços online. Entre novembro de 2012 e janeiro deste ano, 28% de todo o tráfego de programas na internet aconteceu dentro da rede social, segundo informações da SonicWall. Era previsível, portanto, que os mal intencionados de plantão também fossem pintar por lá.
Em maio, o malware "Trojan:JS/Febipos.A" foi descoberto no Brasil. Disfarçado de plugin para os navegadores Chrome e Firefox, quando instalado, o código malicioso migrava para o Facebook em forma de app. Ele saia então curtindo páginas e compartilhando links por meio do mural da vítima ou por meio de eventos e janelas de bate-papo.
Entenda como eles funcionam
É assim que funciona a maioria dos vírus para Facebook hoje. Muitas vezes nem há embutido nesses aplicativos programas que danificam o computador da vítima. Eles podem ser apenas multiplicadores de "curtidas".
E por que um cracker se interessaria em ter as páginas e fotos mais curtidas da rede? Bem, pergunte às agências de publicidade sem escrúpulos, que compram esse tipo de serviço para promover seus clientes.
A própria rede social admitiu sofrer com o chamado black marketing e tem corrido para resolver esse tipo de problema.
Proteja-se
Uma das providências tomadas pelo próprio Facebook foi criar, no ano passado, o AV Marketplace, uma página pela qual é possível baixar programas de antivírus que funcionam na rede social.
Se você não sabia da existência dessas ferramentas, ou se as instalou e, mesmo assim, acabou infectado por alguma praga, faça o seguinte para recuperar seu perfil:
No topo direito do Facebook, acesse "Configurações da conta" e, depois, "Aplicativos". Então procure o programa responsável por espalhar tranqueiras usando sua identidade e apague-o. Verifique também se o intruso não se encontra entre as extensões de seu navegador. Após excluir todos os rastros, mude as senhas desses serviços.
Não marque bobeira
Além de usar um programa antivírus, você também terá de prestar atenção em quais aplicativos instala, tanto no Facebook quanto no browser. É inacreditável, mas mesmo as lojas oficiais de extensões, como a do Google, também podem conter ameaças.
Uma delas, chamada Malicious Extension Cleaner, faz-se passar por um programa que verifica os apps da rede social contra malware - quando, na verdade, é ela própria uma praga que rouba a conta do usuário no Facebook.
Pior: com propaganda veiculada na rede social e tudo. Mais de 14 mil pessoas já caíram no golpe.
Outras extensões para navegador, vendidas como aplicações para mudar a cor do perfil no Facebook ou ver quem andou xeretando sua vida online (te pegamos, hein?), também são maliciosas.
Algumas delas espalham, por meio de seu mural, via chat ou então comentando em eventos, um link que instala barras no navegador de quem clicar - e, bem pior do que ocupar espaço acima do endereço, roubam dados digitados em programas como Internet Explorer e Outlook.
- Fonte: Goblog.